segunda-feira, 11 de abril de 2011

Havia chegado a hora de o ver partir, nunca o relógio me pareceu tão vivo. Nunca a leveza do vento bateu assim meu rosto amargo, triste, entre as brumas da noite vejo seu corpo se desvanecer perante meus olhos, e tudo é tão quieto, tão silencioso. Na verdade não sei em que dia ou noite o tempo se quebrou, não sei em que hora ou instante te perdi, ou se alguma vez te tive. Nem as sombras dessa história cobrem o chão que hoje piso. Tudo é cinza, pó e nada. Horas, palavras, imagens, sons, momentos, tão intocáveis, tão remotos, tão longínquos, tal como céu e a terra, intangíveis. Eu sei que errei, pela pressa que tive em fugir. O tempo não volta atrás eu sei, mas não desejo outro fim. Em vão. Errado ou certo, a realidade é apenas essa que a alma toca, que nos trouxe a nada, e a nada nos levará. No fim de tudo, tudo é tão nada, em dia nenhum imaginação batera algo tão vazio. Foi como perder asas em pleno voo …
                                                               E na verdade perdi…

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